O ovócito é uma célula haplóide (23, x), volumosa e imóvel. É circundado pela corona radiata e pela zona pelúcida.
A corona radiata é formada por várias camadas de células da granulosa (ou foliculares) mergulhadas em uma matriz semelhante a gelatina rica em hialuronana (ácido hialurônico), que envolve a zona pelúcida.
A membrana plasmática apresenta as integrinas α3β1, α6β1 e α5β1, que se associam a CD9, uma proteína da superfamília das tetraspaninas. Uma deficiência de CD9 impede a fusão entre o espermatozóide e o ovócito.
O núcleo haplóide encontra-se estagnado em metáfase II, a qual só será concluída quando um espermatozóide se fusionar com o ovócito.
A zona pelúcida protege o ovócito de lesões mecânicas e atua também como uma barreira espécie-específica para o espermatozóide, admitindo apenas a entrada daqueles da mesma espécie ou de espécies intimamente relacionadas.
Zona pelúcida como uma barreira espécie-específica
É uma camada glicoproteica de 6 a 7 μm de espessura, composta por 3 glicoproteínas, as quais são produzidas pelo ovócito em desenvolvimento: a ZP1, um dímero de 200 Da; a ZP2, com 120 Da; e a ZP3, com 83 Da. Duas delas, ZP2-ZP3, agrupam-se em filamentos longos, enquanto a ZP1 faz ligações entre-cruzadas em intervalos irregulares dos filamentos em uma rede tridimensional.