A Organização Mundial da Saúde (OMS) define infertilidade como a incapacidade de conceber após 12 meses ou mais de relações sexuais regulares sem o uso de métodos contraceptivos. A mesma esclarece que a infertilidade é uma definição dada sempre ao casal, e nunca individualmente. Quando a mulher tem 35 anos ou mais, esse tempo pode ser alterado para 6 meses de tentativa.
Entre as principais causas de infertilidade estão fatores relacionados tanto ao homem quanto à mulher, incluindo questões hormonais, problemas de ovulação, qualidade do sêmen, obstruções nas trompas de Falópio, teratomas e miomas. Além disso, fatores como idade avançada, estilo de vida, e condições médicas subjacentes também desempenham um papel importante.
Cabe ressaltar que para obtenção do diagnóstico de infertilidade, o casal deve passar por uma avaliação detalhada, com realização de exames e consultas médicas para que o problema possa ser identificado.
Em alguns casos, a infertilidade pode ser tratada com o uso de medicamentos e mudanças no estilo de vida. Porém, de acordo com a OMS, dados mais recentes indicam que cerca de 17,5% da população adulta mundial, ou seja, 1 a cada 6 em todo o mundo, sofre de infertilidade, o que pode justificar o aumento da procura por tratamentos como a FIV.
Não somente, esse aumento pode ser justificado também pela procura de casais homoafetivos e pessoas que não possuem um parceiro em vista, mas que ainda assim desejam realizar o sonho de terem um filho.
No entanto, o acesso a esses tratamentos no país ainda é limitado, especialmente no setor público, onde poucos centros oferecem suporte especializado, o que coloca uma carga financeira significativa sobre as famílias que precisam desses serviços.
Por: Beatriz Rodrigues Herdy e Fátima Maria Eusébio de Brito
Ilustrações: Vittória Navarro do Amaral Almeida/ BioRender